A premiada diretora Renata Fonseca já iniciou a pré-elaboração de seu novo projeto cinematográfico, um filme forte e necessário intitulado "Os Picaretas do Audiovisual". Muito mais do que uma obra de ficção, o longa é uma denúncia corajosa e uma reflexão sobre os abusos silenciosos que tantos artistas enfrentam ao tentar ingressar no mercado audiovisual.

Renata, conhecida por seu olhar sensível e sua direção contundente, assume de forma pessoal a narrativa:

“Este filme é sobre mim. E sobre centenas de outros artistas que já passaram por isso, calados”, afirma ela em sua carta de intenções.

A diretora revela que também foi vítima de falsas promessas, manipulações emocionais e desvalorização — experiências que a levaram, como tantos, a ser silenciada e desacreditada. "Diziam que eu era difícil, que sonhava alto demais, que não sabia meu lugar", desabafa. Mas ao invés de ceder, ela transformou essas dores em combustível criativo.

"Os Picaretas do Audiovisual" nasce como um grito de justiça e também como um espelho para a própria indústria. O filme pretende denunciar práticas abusivas — desde falsas produtoras que cobram de atores iniciantes, até o apagamento sistemático de técnicos e artistas que não se encaixam em moldes elitistas.

Renata declara:

“Com esse filme, quero abrir cicatrizes — mas também dar voz a quem ainda tem medo de falar. E mostrar que arte se faz com verdade.”

Além da denúncia, a diretora propõe um novo caminho. Com sua produtora, tem implantado um modelo mais ético e inclusivo: atores não pagam para atuar, técnicos são valorizados e histórias autênticas têm espaço para florescer.

Ainda em fase de pré-produção, "Os Picaretas do Audiovisual" já desperta grande expectativa nos bastidores do cinema independente. A obra promete provocar debates e servir de inspiração para um setor que, muitas vezes, precisa olhar para si com mais autocrítica e responsabilidade.

A previsão de lançamento e detalhes do elenco ainda não foram divulgados, mas uma coisa é certa: vem aí um filme que vai mexer com as estruturas — e dar palco à verdade.

Por Andreia Grezzana